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Linhas Invisíveis

Terei de morrer de novo para de novo nascer? Aceito.

Clarice Lispector

 

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Linhas invisíveis é uma proposta de pesquisas e ações no âmbito da violência sexual, através de uma intersecção entre a psicologia, a arte e a política.

Seu objetivo é romper com o silenciamento em torno desta violência, por meio de espaços de acolhimento e outras ações para compartilhar experiências e criar novas relações com o corpo, a sexualidade e a própria vida.

Esquecer é poder lembrar.

 

Espaço de cuidado, compartilhamento e recriação do vivido.

Porque falar?

Falar é uma forma de compartilhar um sofrimento e criar novas maneiras de lidar com ele. É um modo de esquecer e também de assumir este sofrimento como parte da própria história, rompendo com o silêncio em torno do abuso sexual.

 

O silêncio é a marca de muitas histórias de violência sexual, seja na infância ou na vida adulta. Apesar da maior parte das vítimas serem as mulheres, os homens também sofrem esta violência. Uma pessoa adulta pode continuar sofrendo por algo que ocorreu anos atrás, influenciando sua vida afetiva, sexual, familiar, profissional etc.

 

Se você conhece uma criança ou um adolescente que sofre ou sofreu abuso sexual, é importante saber que um dos aspectos mais difíceis é o pacto de silêncio em torno do acontecimento. Eles podem se calar por medo, por culpa e mesmo por ameaças que tenham sofrido. Quando contam para alguém, este ciclo de violência pode ser rompido. Não silencie também por medo ou culpa, procure auxílio psicológico e outros órgãos competentes.

 

O abuso sexual é o segundo tipo de agressão mais comum contra crianças de 0 a 9 anos no Brasil, conforme dados publicados em 2012 pelo Ministério da Saúde. Na maioria dos casos, trata-se de alguém conhecido, como pais ou familiares, e na própria residência da criança.

 

*Se você gostaria de fazer atendimento individual, entre em contato e agende uma sessão.

O livro Fios de ouro no abismo parte das fissuras do corpo da autora, apresentando seus próprios dilaceramentos, decorrentes de abusos sexuais vividos durante a infância. Este percurso atravessa o silenciamento, o testemunho, o ressentimento, o esquecimento e, por último, leva – como um nascimento que se faz através do útero da terra – ao amor fati. É uma obra que busca ir além da dicotomia vítima agressor para pensar a complexa trama que se estabelece invisivelmente e possibilita a incitação e a continuidade dos abusos sexuais, principalmente no âmbito familiar. Além disso, ressalta as modalidades de invenção vital a partir do insuportável, excessivo e cruel, e a arte como possibilidade de resistência e criação de novos modos de existência.

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